sexta-feira, 10 de junho de 2011




Dados obtidos por Peritos Criminais da Polícia Federal derrubaram o mito que apresenta o OXI como a mais nova droga que invade o país. Análises científicas de amostras da substância, apreendidas pelas Polícias Civil e Federal no Acre, revelou que formas de apresentação típicas da cocaína, como sal, crack e pasta base, vem sendo classificadas como OXI, sem que sejam utilizados critérios objetivos e técnicos na análise desse conteúdo.
Para o estudo foram analisadas 20 amostras de OXI apreendidas pela Polícia Civil e 23 amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal no Acre. A análise de perfil químico das amostras colhidas foi realizada no Laboratório do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, com a colaboração da equipe responsável pelo programa de Perfil Químico das Drogas (Projeto PeQui). O próximo passo do estudo será averiguar se esta situação se repete em outros estados do País.
Os Peritos Adriano Maldaner e Ronaldo Carneiro Jr, principais autores do trabalho, destacaram que o estudo deixou claro que não há quantidades significativas de cal (óxido de cálcio) e de hidrocarbonetos (como querosene ou gasolina) nas amostras de OXI apreendidas. “Os resultados deste estudo não confirmam a informação que tem sido vinculada na mídia que quantidades significativas destas substâncias teriam sido utilizadas na formulação de uma nova droga”, afirma Maldaner.
Os peritos ainda alertaram que os usuários estão consumindo diretamente pasta base (sem refino) e cocaína base (refinada) com elevados teores de pureza, acima de 60%, o que pode contribuir para agravar os efeitos estimulantes e psicotrópicos e aumentar a possibilidade da ocorrência de overdose entre eles.

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